Mascostes que marcaram época (parte 1)

Elas são fofos, simpáticos, engraçados, bonitinhos, já nos emocionaram, nos divertiram, nos informaram, e até tiraram lágrimas dos nossos olhos. Sim as mascotes já causaram todas essas sensações. A verdade é que as mascotes são instrumentos, muito inteligentes, que são usados para nos tornar mais próximos de uma determinada marca, instituição, campanha, evento e etc. Às vezes são tão bem construídos que ficam por anos, décadas na nossa mente, em alguns casos entram até para o nosso repertório cultural. Servem também de materias promocionais como chaveiros, toy arts, estampas de camisetas e etc (afinal que não gosta de brindes).

Mas que características uma boa mascote tem que possuir? O primeiro de tudo: uma boa mascote tem que ter carisma, essa característica é fundamental (claro); tem que estampar um grande sorriso no rosto, pois mostra a sua alegria em representar a marca; tem que possuir as cores da empresa que representa;  tem que possuir corpo antropomorfizado (próximo da forma humana); e ser muito ativo (no bom sentido é claro). Tais características não são regras, servem apenas para nortear o trabalho na hora de se criar uma boa mascote.

Nesse post reuni algumas das mascotes que marcaram época, seja de um evento ou de campanha publicitária, mas todos têm boas histórias pra contar.

 

COFAPINHO, o cachorrinho da COFAP

Esse é talvez o caso mais característico de mascotes que fizeram sucesso. O cachorrinho da raça Dachshund foi escolhido para ser a mascote da marca de amortecedores por possuir um formato semelhante ao produto. Seus criadores não tinham noção do que estavam criando na época, criaram algo que entrou não só para a história da propaganda, mas também para a cultura popular. Propagandas de enorme sucesso nos anos de 1989 a 1993, usavam enorme apelo emocional, colocando o cachorrinho em diversas situações, geralmente ajudando a família a comprarem os amortecedores COFAP, que eram mais seguros (é o que dizia a propaganda). O cãozinho foi criado pela W/Brasil do criativo Washington Olivetto, as propagandas tinham o slogan: “o melhor amigo do carro e do dono do carro”. As propagandas ganharam vários prêmios como o cobiçado Festival de Cannes. A força da mascote foi tão grande que a raça Dachshund caiu no gosto do público e passou a ser chamada de Cofapinho.

 

LEQUETREQUE, o galinho superativo da SADIA

Você já está familiarizado com ele, mais de vinte anos ele ilustra as campanhas da Sadia. O que poucas pessoas sabem é que ele é um frango de capacete. Possui uma personalidade ágil, pois está mais vinculado aos produtos da linha de instantâneos da empresa, inclusive com o peru de Natal que as pessoas associam erroneamente sendo ele. Geralmente aparece ao final da Novela das Sete da Rede Globo como anunciante . É comum que apareça nos comerciais da Sadia. Certa vez, a Sadia fez uma promoção que premiava o consumidor com o Lequetreque representando os mais diversos esportes.

ZÉ GOTINHA, tomar vacina ficou mais divertido.

Quem disse que as campanhas do governo não têm boas mascotes? O Zé Gotinha é a prova de que uma boa mascote vai além de eventos esportivos ou venda de produtos. Criado pelo Ministério da Saúde para reduzir o impacto negativo que a vacinação tinha para as crianças e torná-la mais atrativa e divertida. Zé Gotinha nasceu em 1986 para a campanha de vacinação pela erradicação da Poliomielite no Brasil e foi criado pelo artista plástico Darlan Rosa. A personagem se consolidou como sinônimo de vacinação, referencial de prevenção a doenças evitáveis através de vacinas. Andava meio sumido, mas foi resgatado em 2006. Não há quem nasceu nos anos 80 que não lembre desse fantástico personagem que ilustrou as campanhas nacionais de vacinação. Sem dúvida uma das melhores mascotes já criadas no Brasil.

ASSOLINO, o fenômeno da ASSOLAN

Como entrar em um mercado fortemente dominado por uma marca já consagrada? Talvez uma mascote bonitinha, uma música de sucesso da época cantada pelo grupo mais assediado, transforme-a em um jingle e uma dancinha bem engraçada. Quem sabe com essa fórmula não se roube uma boa fatia do mercado? Foi essa a estratégia de comunicação da empresa Assolan formulada pela agência África de Nizan Guanaes em 2002 mostrando a marca para o grande público, que até então vivia em uma espécie de “anonimato”.

Com uma propaganda bem humorada a Assolan começou a incomodar a gigante BOMBRIL, que viu uma enorme parcela do mercado escapar por causa do carisma de uma embalagem com vida. A mascote caiu nas graças do povo e isso se transformou em resultados concretos para a empresa: A campanha foi tão eficiente, que os R$ 22 milhões gastos, tiveram um resultado fantástico: a marca passou de 9,5% de market share (fatia do mercado) para quase 28% em menos de 2 anos.

É inegável que o carisma da mascote foi um dos fatores do sucesso da campanha, mostrando que uma boa mascote pode sim ser uma grande estratégia de comunicação.

MAMIFEROS, sensibilidade sem baboseira.

A propaganda brasileira sempre foi muito criativa e se destaca entre as melhores do mundo, mas quando se tratava de abordar o caráter mais singelo, os resultados não eram tão animadores. Porém esse estigma foi superado quando em 1996 a agência DM9DDB criou para a Parmalat a campanha Mamíferos. A campanha tomou o Brasil. Era fácil ver as pessoas cantarolando nas ruas o jingle da propaganda: “O elefante é fã de Parmalat…”. Na propaganda crianças vestidas de bichinhos (mamíferos, daí o nome da campanha) cantavam o jingle e apareciam em cenas espontâneas e de uma singela doçura.

Os bichinhos foram lançados em pelúcia e se transformaram em desejo de consumo não só das crianças, mas de gente grande também. A empresa montou uma grande estrutura para importar e distribuir os bichinhos que vinham da China.

Com certeza esse é um dos cases de maior sucesso da publiciade brasileira, marcado pela sutiliza e doçura dos bichinhos da Parmalat.

Esse são bons exemplos de que mascotes bem feitos podem render bons frutos para a marca e para a publicidade brasileira. No próximo pst veremos outras mascotes inesquecíveis.

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Publicado em Comunicação

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