O que nos torna um campeão?

Já faz algum tempo que nomeio as minhas equipes de campeões. Sabem por que?
Eu acredito que há um campeão em cada um de nós. Às vezes ele está lá adormecido, escondido no meio de nossos medos e frustrações. Às vezes ele só ainda não foi devidamente alimentado e treinado. Mas ele está lá, só esperando o momento para surgir.
Ser rico ou ser bem sucedido nem sempre é questão de mérito. Às vezes é berço, é o círculo, ou até mesmo o acaso. Mas para ser campeão é preciso mais, é preciso ENTREGA!
Lendo a respeito sobre os grandes campeões eu aprendi uma coisa. Nem sempre eles são os mais vencedores, os mais fortes ou os mais talentosos. No entanto, todo campeão possui uma característica: uma VONTADE inabalável!
Quando falo em vontade, não estou falando de querer algo, mas esperar que uma sucessão de coincidências aconteçam para que o desejo se realize. Estou falando de ir de encontro ao seu sonho, da entrega e da luta.
E ter uma vontade inabalável não quer dizer que você não vai fraquejar, não vai duvidar de si mesmo, não vai cair, não vai se desmotivar. A grande questão é que um campeão continua em frente, melhorando, aprendendo e crescendo, até encontrar a glória.
Fangio foi o campeão mais velho de F1, em um esporte onde quanto mais velho você fica, maior é a perda de reflexos e força, algo fundamental para ser piloto. Ainda assim ele foi o primeiro penta campeão de Fórmula 1, recorde que demorou mais de 50 anos para ser superado.
Michael Jordan após várias temporadas decepcionantes na NBA era tido apenas como mais uma promessa que não vingaria. No entanto, indo contra os prognósticos ele levou o Chicago Bulls a 6 títulos da liga e ajudou a criar uma das maiores dinastias do basquete mundial.
Ninguém acreditava que o Porto eliminaria o todo poderoso Manchester United na Liga dos Campeões de 2004 ou que venceria o Mônaco na final do torneio. Ainda assim a força de um grupo de pessoas comprometidas mostrou que era possível vencer os maiores times da Europa.
Chegar ao lugar mais alto pódio do esporte não é tarefa para qualquer um, é preciso que algumas variáveis estejam alinhadas para tal, mas acredito, de coração, que todos nós podemos ser campeões da vida se tivermos atitudes de campeão.
Ser um campeão na vida é um questão de escolha, é como Walt Disney uma vez disse: “Assim, depois de muito esperar, um dia como qualquer outro decidi triunfar.”
Hoje é um belo dia para triunfar.

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7 Filmes que todos os professores deveriam assistir

Filmes são grandes fontes de entretenimento, mas também são grandes fontes de aprendizagem e reflexão. Alguns contam grandes histórias, fictícias ou não, que nos trazem muitas lições importantes ou que nos inspiram. No post de hoje trago para vocês alguns filmes que me inspiram a ser um professor melhor e espero que inspirem outros docentes também.

1 – A Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

Direção: Peter Weir

Elenco: Robin Willians, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard, Josh Charles

Disponível em: Netflix

Sinopse: Em uma escola tradicional, um novo professor de inglês tenta mostrar para os seus alunos que a vida é muito mais do que as convenções sociais que os rodeiam. Com métodos nada convencionais, os alunos começam a respeitá-lo e admirá-lo. 

Porque assisti-lo: Com uma esplêndida atuação de Robin William, este filme nos mostra que como professores devemos incentivar nossos alunos a perseguirem os seus sonhos e não aquilo que é imposto a eles, seja pela família ou pela sociedade que os rodeia.

2 – Coach Carter – Treino para a vida

Direção: Thomas Carter

Elenco: Samuel L. Jackson, Rob Brown, Ashanti, Robert Ri’chard, Rick Gonzales, Debbi Morgan

Disponível em: Netflix

Sinopse: Ken Carter (Samuel L. Jackson) é convidado para treinar o time de basquete da sua antiga escola em Richmond, Califórnia. O time que na temporada anterior havia sido um fracasso, logo se torna sensação da competição e orgulho da comunidade. Mas Carter nota que as médias da maioria dos seus alunos não seriam suficientes para que estes se formem no ensino médio e consigam ingressar na universidade. Carter fecha o ginásio e interrompe os treinos, o que gera polêmica e conflito na comunidade escolar e ao seu entorno. Determinado a fazer os seus alunos vencedores nas quadras e na vida, Carter se mantém firme com o seu propósito e ganha o respeito e o comprometimento dos seus aluno.

Porque assisti-lo: Muitos viam os alunos de Richmond sem perspectivas de futuro, e que aquele momento no basquete seria o único momento de glória na vida desses jovens. Ken Carter nos mostra a importância da educação e de como esta deve ser valorizada. Que devemos fazer o melhor para que nossos alunos tenham uma perspectiva digna de futuro.

3 – Escritores da Liberdade

Direção: Richard LaGravenese

Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, Robert Wisdom

Disponível em: Netflix

Sinopse: A escola Wilson, em Los Angeles, na Califórnia, recebe alunos compulsoriamente através de uma lei que promove a integração racial, porém o que se vê é uma escola dividida em guetos, com uma forte tensão racial e constantes episódios de violência. É nesse contexto que a jovem, idealista e recém graduada professora Erin Gruwell (Hilary Swank), filha de um antigo defensor dos direitos civis, chega para dá aulas de Literatura Inglesa. Os alunos, desacreditados e marginalizados pela própria instituição e por seus professores, se mostram desinteressados. Mas através de métodos alternativos que dialogam com a realidade vivida pelos alunos, Erin, começa à alcançá-los, desenvolvendo neles a autoestima, e valores como a tolerância e o respeito ao próximo.

Porque assisti-lo: O filme nos mostra a importância pedagógica de dialogar com a realidade dos alunos e do papel fundamental do professor que não se contenta com o que é imposto. Mesmo em meio à uma realidade dura e de poucas perspectivas para os alunos, a atuação do professor pode transformar a vida das pessoas e da comunidade que o rodeia.

4 – Como Estrelas Na Terra

Direção: Aamir Khan

Elenco: Aamir Khan, Darsheel Safary, Tisca Chopra, Vipin Sharma, Sachet Engineer, Tanay Chheda

Disponível em: Netflix

Sinopse: Ishaan é um garotinho indiano com grandes dificuldades de aprendizagem. Seu pai o acha preguiçoso e decide colocá-lo em um internato. Com dificuldades de se adaptar na nova escola, Ishaan fica deprimido, mas a entrada de Nikumbh, um professor substituto de artes, muda tudo e devolve a vontade de viver e de aprender do garoto.

Porque assisti-lo: O filme nos faz pensar o nosso papel como educadores e nos dá recursos para pensarmos sobre os problemas e as potencialidades de aprendizagem dos nossos alunos. A obra também serve para a discussão sobre a importância de dar atenção as defasagens apresentadas pelos alunos, e como estas podem ser fatores externos. Sobre tudo, este é um filme sobre como um professor pode ser de suma importância na vida de um aluno se ele se dispor a olhá-lo sem preconceitos.

5 – Preciosa

Direção: Lee Daniels

Elenco: Gabourey Sidibe, Mo’Nique, Paula Patton.

Disponível em: Youtube

Sinopse: Claireece “Preciosa” Jones é uma adolescente que foi violentada pelo pai e é abusada constantemente pela mãe. Mãe na adolescência de um filho com síndrome de Down, a jovem sofre uma série de privações. Preciosa é matriculada em uma escola alternativa para que possa melhor lidar com a sua vida. Lá ela encontra um meio de fugir de sua vida traumática se refugiando em sua imaginação.

Porque assisti-lo: Esse foi um dos filmes que mais me surpreendeu positivamente nos últimos anos (eu o vi recentemente). O filme é pesado, mas poético, e muitas lições podemos aprender com ele. Para professores e educadores a lição é a importância da educação na vida dos jovens. Em determinado ponto o filme desvia o foco da personagem principal e põe em cena os educadores e sua importância para melhorar a vida de Preciosa. A diretora da escola onde ela estudava é a primeira a perceber a hostilidade do ambiente familiar em que a jovem se encontra e a encaminha para uma instituição alternativa. Lá, Preciosa encontra um ambiente mais acolhedor e a professora que vai fazer a grande diferença em sua vida.

6 – Meu Mestre, Minha vida

Direção: John G. Avildsen

Elenco: Morgan Freeman, Beverly Todd, Robert Guillaume.

Disponível em: Aqui

Sinopse: Baseado em uma história real, o autoritário professor Joe Clark é convidado por seu amigo Frank Napier a assumir o cargo de diretor em uma problemática escola em Nova Jersey, de onde ele havia sido demitido muitos anos antes. Com seus métodos nada ortodoxos, Joe se propõe a fazer uma verdadeira revolução no colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e considerado o pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona admiradores e também muitos inimigos

Porque assisti-lo: A pesar dos métodos pouco ortodoxos do diretor e da sua conduta de forma dura com alunos e professores, os resultados são evidentes. Claro que precisamos contextualizar, esses métodos foram usados em um ambiente extremo com drogas e traficantes. A abordagem utilizada pelo diretor é controversa e abre espaço para muitas críticas, mas Clark resgata o orgulho dos alunos e põe a escola novamente nos eixos. O maior exemplo do trabalho de Joe Clark é não se acomodar com a situação, mesmo a mais desoladora, e trabalhar em prol de dar uma perspectiva para os seus alunos.

7 – Ao mestre com carinho

Direção: James Clavell

Elenco: Sidney Potier, Judy Geeson, Christian Roberts

Disponível em: Mega Filma HD

Sinopse: Mark Thackeray (Sidney Poitier) é engenheiro, mas ficou desempregado e resolveu dar aulas em Londres. Ele começa a ensinar alunos majoritariamente brancos em uma escola no bairro operário de East End. Thackeray se depara então com adolescentes indisciplinados e desordeiros, e que estão determinados a destruir suas aulas. Só que o engenheiro, acostumado com hostilidades, não se amendronta e enfrenta o desafio de ensinar uma turma de baderneiros. Ao receber um convite para voltar a atuar como engenheiro, ele tem que decidir se pretende seguir como mestre ou voltar ao antigo cargo.

Porque assisti-lo: Além de ser um clássico do cinema, “Ao Mestre com Carinho” mostra como os conflitos que acontecem para fora dos muros da escola influenciam o comportamento dos alunos e consequentemente o trabalho dos professores. Talvez o maior motivo para assistir esse belo clássico, inspirado em um livro autobiográfico, é a importância do professor entender seus alunos como seres humanos que possuem suas próprias lutas internas e não é o confronto, mas o acolhimento a melhor maneira de ajudá-los a lidar com estas. A verdade é que há uma série de razões para um professor assistir esse filme, e talvez uma das melhores definições seja o da crítica de Antônio Roberto Gerin: “Mesmo tratando de uma temática tão complexa quanto o delicado corpo social radiografado dentro de uma simples sala de aula. E é aqui, dentro da sala de aula, que o filme edifica a sua grandeza. A escola não precisa substituir a família. Nem deveria. Mas também não pode virar as costas para o que acontece com seus alunos. Há, dentro de seus muros, um caldeirão fervilhante de demandas e carências que precisam ser atendidas. Portanto, a escola tem que se preparar, sim, para recebê-los. Afinal, não é toda sala de aula que terá um Mark Thackeray.”(Leia na integra aqui)

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Frases #1 – Bob Marley

“Você nunca sabe o quanto é forte até que ser forte é a sua única escolha”.

Bob Marley

Cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Dedicado a protestar contra problemas sociais, levou, através de sua música, o movimento rastafári e suas ideias de paz, irmandade, igualdade social, preservação ambiental, libertação, resistência, liberdade e amor universal ao mundo. A música de Marley foi fortemente influenciada pelas questões sociais e políticas de sua terra natal, fazendo com que considerassem-no a voz do povo negro, pobre e oprimido da Jamaica. A África e seus problemas como a miséria, guerras e domínio europeu também foram centro de assunto das suas músicas, por se tratar da terra sagrada do movimento rastafári.

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10 Podcasts para ouvir no dia-a-dia

Em um post anterior eu falei do crescimento e da importância do Podcast, inclusive recentemente dei a ideia para o desenvolvimento de um Podcast para a difusão da literatura. E nesse último ano eu consumi muitos podcasts, pois além do conteúdo relevante, há também a questão da praticidade em consumi-lo: No trânsito, na corrida, na academia e etc, ainda mais em tempos de pandemia.

Nesse post, fiz uma coletânea dos melhores podcasts da atualidade. Todos estão disponíveis nas maiores plataformas tais como Apple Podcast, Google Podcast, Deezer, Spotfy entre outros.

1 – Foro de Teresina (Acesse Aqui)

O Foro de Teresina é o podcast de política da revista Piauí. Lançado em 2018 para acompanhar as eleições daquele ano, o podcast cresceu muito rápido em termos de audiência e hoje figura como um dos maiores do segmento no país. Apresentado pelo jornalista e diretor da Piauí Fernando de Barros e Silva e com uma bancada que conta com os jornalistas José Roberto de Toledo, Bernardo Esteves e Thais Bilenky, o programa fala da política nacional com maestria. A química entre os participantes é o ponto forte, e as análises e comentários pertinentes vão te deixar por dentro dos bastidores da política e todas as consequências que estas podem trazer para a vidas dos brasileiros.

2 – A Terra é Redonda (Acesse Aqui)

Apresentado pelo repórter de ciência da revista Piauí, Bernardo Esteves, e lançado em meados de 2020, A Terra é Redonda é um podcast com o olhar da ciência para as questões da atualidade. Em sua primeira temporada o programa abordou temas como a Pandemia de COVID-19 (claro), o obscurantismo de setores anti-ciência, o aquecimento global, a poluição dos mares e etc.

O podcast desde o seu lançamento esteve frequentemente entre os podcasts de maior audiência no Brasil, e alcançou o topo em dezembro de 2020.

Uma ótima pedida para os amantes da ciência, uma excelente fonte de pesquisa, e uma arma poderosa de divulgação científica nesses tempos de obscurantismo científico.

3 – Praia dos Ossos (Acesse Aqui)

Assim como o Foro de Teresina e a Terra é Redonda, Praia dos Ossos também é uma produção da Rádio Novelo. O podcast aborda um crime que aconteceu em 1976: o assassinato da socialite mineira Ângela Diniz pelo namorado, o playboy Doca Street. Em oito episódios, um deles com uma entrevista com Street, o programa aborda toda a repercussão da época, os bastidores do julgamento, e principalmente, como a sociedade brasileira era absurdamente machista e conservadora e como o caso está ligado às transformações, ou não, do país nos últimos 40 anos.

Com uma produção impecável, o programa mostra que a Rádio Novelo é uma das maiores especialistas, se não a maior, do formato no país. O projeto é uma aula de jornalismo, pesquisa e investigação.

4 – Retrato Narrado (Acesse Aqui)

Retrato Narrado é o resultado de uma parceria entre a revista Piauí e o Spotfy. Produzido pela Rádio Novelo (mais um), o podcast tenta explicar como o jovem Jair Messias de Eldorado Paulista se tornou o presidente da república e o porta voz de uma onda conservadora que tomou conta do país em 2018 e que está aí até hoje.

Assim como os outros podcasts da produtora, o Retrato Narrado é uma aula de podcast com produção, pesquisa e roteiro de primeira, sendo este último o seu grande trunfo. O tom de Carol Pires, jornalista que narra os episódios, é ameno, indagativo e distante e próximo ao mesmo tempo. Ao ouvi-la você não tem certeza se a narradora respeita ou ironiza a trajetória do personagem. E como escreveu Rodrigo Abreu Pinto em sua crítica: “e é isso que lhe fornece a ambiguidade necessária para que narre os feitos de Bolsonaro com o desassombro de quem ultrapassa a superfície grotesca para revelar a ética particular e nada idiota que os funda.”

5 – Presidente da Semana (Acesse Aqui)

Inspirado no podcast americano Presidential do The Washington Post, o Presidente da Semana é um podcast produzido pela Folha e mostra a trajetória de todos os presidentes desde Deodoro da Fonseca até o recém eleito na época Jair Bolsonaro.

A pesquisa, produção e apresentação ficaram a cargo de Rodrigo Vizeu, que devo dizer são de primeira qualidade. O podcast mostra com grande imparcialidade como foi o mandato e a biografia dos presidentes da república, desde o golpe que derrubou a monarquia, passando por períodos chaves como a República Velha (Café com Leite), Estado Novo, Ditadura Militar e a redemocratização.

Outro ponto forte são os convidados em cada episódio, especialista que nos ajudam a entender o governo e a vida de cada um dos nossos presidentes.

6 – O Assunto (Acesse Aqui)

Apresentado pela jornalista Renata Lo Prete, o Assunto é um podcast diário que abordas os temas que estão em evidência no país. Uma produção Globo, o Assunto foi o podcast mais baixado de 2020 na América Latina em 2020 e configura-se como um dos maiores podcasts brasileiros em termos de audiência.

A cada edição, O Assunto reúne um time de especialistas para analisar temas em destaque nos noticiários no Brasil e no mundo. Neste período de um ano, já foram mais de 104 horas de programa e 360 convidados.

Com linguagem acessível, seus episódios tem em média 25 minutos de duração. Uma ótima pedida para quem quer sempre estar bem informado, inclusive tem sido recomendado por professores para alunos que vão prestar o ENEM.

7 – Isso é Fantástico (Acesse Aqui)

Podcast do Fantástico, programa dominical da Globo, o Isso é Fantástico apresenta grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes. O programa é apresentado pelo jornalista Murilo Salviano. Com episódios semanais, geralmente ligado com alguma reportagem do programa televisivo e trás a cada domingo uma história diferente com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação.

Com episódios que variam de 20 à 40 minutos em média, o podcast se caracteriza por uma excelente produção. Recomendo ouvirem os episódios #54, que aborda o caso da deputada federal Flor de Lis, #46, a entrevista com Sari Corte Real (do caso da criança Miguel que caiu do 9º andar em Recife), entre outros.

8 – Xadrez Verbal (Acesse Aqui)

Apresentado pelo historiadores Matias Pinto e Felipe Figueiredo, o Xadrez Verbal é especializado em história e geopolítica internacional. Com episódios de longa duração, os inteligentíssimos apresentadores se aprofundam em temas de grande relevância no cenário mundial, tais como Eleições Americanas, o episódio Georde Floyd, EUA vs China, etc.

Ótima pedida para quem vai prestar vestibular e o ENEM, pois além do podcast há também um portal completo onde pode-se encontrar textos de política, cultura geral e história. Os apresentadores também entrevistam personalidades para comentar sobre temas da atualidade.

O Xadrez Verbal é uma produção da Central 3, um estúdio profissional planejado para a produção em massa de podcasts.

9 – Fronteiras Invisíveis do Futebol (Acesse Aqui)

Esse podcast é mais uma parceria entre o portal Xadrez Verbal e a produtora Central 3. Novamente com a apresentação e comentários de Matias Pinto e Felipe Figueiredo, o Fronteiras Invisíveis é um podcast sobre História, política atual, geopolítica, tudo isso com o fio condutor do futebol.

O programa é divido em três partes: A História, que aborda a história do país ou região em questão, O Campo, que fala de aspectos relacionados ao seu futebol, campeonato nacional e seleção, e O Mapa, que aborda temas relacionados à geopolítica.

Os episódios são muito longos, o que pode distanciar alguns, mas o conteúdo é excelente. Para quem gosta do tema, as duas horas de podcast passam muito rápido.

10 – Projetos Humanos (Acesse Aqui)

Criado e apresentado pelo jornalista Ivan Mizanzuk, o Projetos Humanos é um podcast de conteúdo narrativo, uma espécie de documentário, um dos mais relevantes do país. Dividido em temporadas, o podcast conta histórias reais, os episódios sempre contêm as vozes das pessoas que vivenciaram eventos extraordinários, assim como matérias da imprensa e documentos da época. Destaque para a 4ª temporada, que aborda o “Caso Evandro“, o assassinato envolvendo um ritual de magia negra, a ruína de uma família tradicional de uma cidadezinha do litoral paranaense, e um caso até hoje cheio de versões e mistérios.

Como já foi dito acima essa lista leva em consideração as minas preferências pessoais, mas garanto que vocês não vão se arrepender, pois a qualidade desses podcasts é inquestionável. Porém, felizmente hoje existem uma série de outros podcasts de qualidade e para todos os gostos. Então fique a vontade para compartilhas as suas preferências nos comentários.

Espero que gostem da lista. Até a próxima.

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Deus, pátria e família

Cartaz Integralista

“Deus, pátria e família”, este era o lema da “Ação Integralista Brasileira” (AIB), movimento político/ideológico que apareceu no Brasil no início dos anos 30 inspirado no fascismo europeu. Hoje o lema é amplamente utilizado por políticos da extrema-direita brasileira, inclusive seria o slogan da legenda do atual presidente da república, legenda que até agora não saiu do papel.

Este lema é a síntese de tudo o que há de mais reacionário no país atualmente e que congrega abaixo de si os setores mais retrógrados da sociedade brasileira. Além de tudo demonstra uma visão de mundo ufanista e descolada da realidade.

Família

Para a atual extrema-direita brasileira a instituição família é o alvo principal de uma conspiração global. O interesse dos conspiradores (comunistas, globalistas e etc) é destruir “a família” para tornar as pessoas subjugadas diretamente ao Estado, assim como no romance “1984”. Para os partidários dessa teoria, estamos todos no meio de uma guerra cultural, onde pessoas do setor artístico, midiático e acadêmico são agentes que procuram “conquistar mentes”. Além da narrativa excessivamente fantasiosa há um outro problema: o conceito limitado de família. Para essas pessoas, família é composto exclusivamente de pai, mãe e filhos, ou seja, a já conhecida família tradicional. O problema é que essa configuração de família já não é a única e nem a mais comum já faz algum tempo. Segundo o censo do IBGE de 2010 a família composta por um casal heterossexual com filhos esteve presente em 49,9% dos lares, enquanto que em 50,1% das vezes se apresentou uma nova configuração de família. Ou seja, é cada vez mais comuns famílias monoparentais, famílias homoafetivas e etc.

Para tais pessoas é inconcebível outras formas de família que fujam ao modelo idealizado de pai, mãe e filhos. É uma visão de mundo platônica e desconexa da realidade da maioria dos brasileiros. Porém, setores cada vez mais retrógrados, tais como ultraconservadores e a ala mais radical dentre os evangélicos levantam essa bandeira. Nada como ideologia barata descolada da realidade dos fatos.

A verdadeira defesa da real família brasileira deveria ser àquela que defenda que família vai além das relações consanguíneas. Que família são pessoas que possuem laços de afeto, de amor e de cuidado. Gradativamente a configuração de família é muito mais abrangente. Vamos nos permitir abraçar os mais diversos tipos de família, ou nos limitaremos por conceitos ilusórios?

Pátria

Para muitos partidários da extrema-direita o conceito de pátria ou patriotismo se resume à reverência ou até mesmo à idolatria de símbolos nacionais, tais como o Hino Nacional, a Bandeira, a camisa da seleção brasileira de futebol e etc. E para tais pessoas, apenas àqueles que também compartilham da sua idolatria aos símbolos nacionais são considerados brasileiros.

Além do “sequestro” dos símbolos nacionais, o conceito de patriotismo para tais pessoas também é muito limitado, uma vez não leva em consideração todas as implicações que este carrega. O conceito de pátria leva em consideração as várias relações que temos com o lugar que nascemos ou que adotamos como lar. Parte fundamental dessas relações é entender como houve a construção na nação em que vivemos e analisar de maneira crítica o nosso passado para propormos soluções para problemas ocasionados por tais processos sociais e históricos.

A pátria também é o seu povo, e no nosso caso, é entender a pluralidade do nosso povo. No caso da extrema-direita brasileira há um antagonismo evidente neste ponto. Como exemplo vamos utilizar a situação dos nossos povo indígenas. Os patriotas de direita não entendem que há outros modos de vida além do deles e que a riqueza da nossa pátria é justamente essa multiplicidade de povos que vivem nesta nação. Por tanto mesmo o estilo de vida indígena sendo uma das mais especiais formas de representação da pluralidade brasileira, os reacionários lutam para deslegetimizá-la.

Há também um tipo bem patético de patriota que é aquele que idolatra outros países em detrimento do nosso, que consome arte e cultura estrangeira e relega a rica cultura nacional, que sai em desfiles portando a camisa da seleção brasileira (aparentemente o único motivo de orgulho para este) enrolado nas bandeiras dos Estados Unidos e de Israel.

Deus

Mesmo o Estado brasileiro sendo laico em sua constituição, é cada vez mais comum o uso de símbolos religiosos para defender ideologias políticas, algo previsível em um país altamente desigual, de educação precária e religioso. Segundo o senso do IBGE de 2010, 86,8% dos brasileiros se declaram cristãos, destes 64,6% são católicos e 22,2% evangélicos, sendo estes últimos em franco crescimento e que segundo estimativas se tornará o grupo religioso majoritário até 2032.

Não há problema nenhum em possuir uma crença no transcendental, divino, etc. Muitos de nós possuem a necessidade de acreditar em algo para que possam viver com as dificuldades da existência, o problema é quando a crença religiosa de alguns tenta pautar a vida de toda a população, e pior ainda, quando grupos radicais ultrarreacionários utilizam o discurso religioso para impor costumes ou demonizar minorias. Isso tem acontecido sistematicamente no Brasil com a ascensão de grupos evangélicos e católicos ultraconsevadores na política nacional. Um exemplo desse reacionarismo é a famigerada bancada evangélica do congresso nacional, que por diversas vezes tentaram passar projetos absurdos tais como o projeto da “Cura Gay”.

Um outro ponto interessante é justamente o conceito de cristianismo da extrema-direita. Ora, Jesus foi um refugiado, que condenava o uso da violência para a resolução das coisas (MT 26:52), que se revoltou com aqueles que fizeram do templo um comércio (MT 21:12), que perdoou um criminoso (LC 23:42)e salvou uma prostituta (JO 8:1-11) e que em decorrência disto e de outras posições foi torturado e morto pelo Estado (JO 19). Ou seja, em vários pontos, Cristo era a antítese do que a extrema-direita ama: Moralismo exacerbado, política rigorosa contra a imigração, e violência aplicada pelo Estado, etc.

Resumindo

O discurso pobre, simplista e destrutivo tá aí, gradativamente aumentando suas fileiras e ajudando a sair do esgoto tudo que há de retrógrado. Uma retórica de destruição e que por ser de tal natureza não consegue construir nada, onde a ideia de unidade desconsidera a pluralidade das diversas manifestações do povo e sua cultura, onde o conceito de família é ideológico e não condiz com a realidade, e onde o deus que se crê é um deus de vingança e de ódio e não um Deus de amor e misericórdia. Agora cabe a nossa sociedade cair nessa delirante concepção ou expurgá-la e colocá-la onde de fato deve estar: Na lata de lixo da história!

Fontes:

RASMUSSEN, Bruna. Novas configurações de famílias provam que o amor vai muito além do tradicional “mãe+ pai + filhos”. Hypeness, 2015. Disponível em: Novas configurações de famílias provam que o amor vai muito além do tradicional “mãe + pai + filhos”https://www.hypeness.com.br/2015/03/novas-configuracoes-de-familias-provam-que-o-afeto-vai-muito-alem-do-tradicional-mae-pai-filhos/

ZIEMKIEWICZ, Natalia. As várias configurações de famílias brasileiras. Revista Crescer, 2018. Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/Familia/Novas-familias/noticia/2018/12/varias-configuracoes-das-familias-brasileiras.html

STUENKEL, Oliver. É preciso resgatar da extrema direita os símbolos nacionais. El País, 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/12/opinion/1560348817_282472.html.

AZEVEDO, Reinaldo. O IBGE e a religião – Cristãos são 86,8% do Brasil; católicos caem para 64,6%; evangélicos já são 22,2%. Veja, 2012. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/o-ibge-e-a-religiao-cristaos-sao-86-8-do-brasil-catolicos-caem-para-64-6-evangelicos-ja-sao-22-2/

DIP, Andrea. Bancada evangélica cresce e mistura política e religião no congresso. Notícias UOL, 2015. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/10/19/bancada-evangelica-cresce-e-mistura-politica-e-religiao-no-congresso.html

PREVIDELLI, Amanda. 6 projetos polêmicos que estão nas mãos de Marco Feliciano. Exame, 2013. Disponível em: https://exame.com/brasil/6-projetos-polemicos-na-comissao-de-direitos-humanos/

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Insight#3 – PodLivro

Nos últimos anos houve um crescimento considerável no mercado de podcast no Brasil. O formato que já possui mais de uma década vem se popularizando gradativamente por aqui. Muitos podcasts possuem uma audiência fiel na casa dos milhares e cada vez mais comunicadores de outras mídias tem migrado para o formato em áudio. Hoje temos uma diversidade de podcasts, dos mais variados assuntos, de vários formatos, mas depois de alguma pesquisa encontrei um formato que, ou foi pouco explorado ou não existe, pois não achei nada igual em nenhum lugar.

A ideia

A ideia é simples: Produzir um podcast em formato de audiobook, onde casa episódio seria o equivalente ao capítulo de um livro. Os livros escolhidos seriam grandes obras da humanidade que já estão em domínio público, evitando assim problemas com direitos autorais. Os episódios/capítulos poderiam ser distribuídos semanalmente ou o livro todo de uma vez.

O Podlivro ajudaria no acesso à grandes obras por parte significativa da população que não tem dinheiro para pagar por tais obras, e também seria interessante para pessoas que possuem um pouco tempo para leitura. Já pensou ouvir de graça “Dom Quixote” a caminho do trabalho? Ou embarcar nas obras filosóficas de grandes autores enquanto faz uma corrida?

Ideia dada, quem tiver interesse fique a vontade para pô-la em prática.

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Jornada da Vida

Os rios são extremamente importantes para a humanidade. Afinal sem água não há vida, e os rios são a forma mais fácil e abundante de se obter esse recurso. Graças aos grandes rios foi possível o aparecimentos das primeiras sociedades sedentárias, tais como a Mesopotâmia (Rio Tigres e Eufrates), Egito (Rio Nilo), Israel e Síria (Rio Jordão), China (Yangtze), Índia (Ganges) entre outras.

As séries Jornada da Vida produzidas pela Globo e exibidas no Fantástico contam a história e o impactos de três rios importantíssimos para o surgimento de algumas das primeiras civilizações (Egito, China e Índia).

Encontrei a compilação da série de cada rio no Youtube. Vale muito a pena assistir.

Rio Nilo

Rio Ganges

Rio Yangtze

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Setembro Amarelo

Muita gente acha que depressão é frescura e que suicídio é fraqueza, um dia eu também pensei assim, mas depois de perder dois amigos de infância para essa doença que tem vitimado cada vez mais pessoas, eu mudei de ideia. A ignorância é um dos principais inimigos do tratamento e por consequência da cura, por isso é extremamente importante que falemos do assunto.

Eu conheci o Fábio na segunda série do fundamental. De cara nos tornamos muito amigos. Tínhamos bastante gostos e preferências em comum: Dinossauros, desenhar, história, ciências etc. As primeiras revistas de divulgação científica que eu li na vida foi ele me deu. O RPG, outra grande paixão da juventude, foi o Fábio que me apresentou. Ou seja, muitas das minhas melhores referências são ligadas diretamente a ele.

Crescemos juntos, e assim como toda criança, brigávamos, ficávamos sem nos falar, mas depois de um tempo tudo ficava normal como era antes.
Poucas vezes na vida eu vi alguém com a inteligência e com o potencial que o Fábio tinha. Ficávamos horas conversando sobre política, história e as mais diversas generalidades. Um indivíduo que tinha todas as condições para se destacar, mas uma doença ingrata e rodeada de preconceito tirou aquele brilho que tanto me inspirava: a depressão.

Em determinado momento ele me contou que havia tentado tirar a vida em 4 ocasiões, mas não acreditei. Como aquele rapaz que ria de gargalhadas quando estávamos juntos poderia sentir tanta tristeza a ponto de querer tirar a própria vida? Temos que lembrar que isso aconteceu em meados de 2004 e se hoje existe preconceito e desconhecimento sobre o tema, na época era muito pior.

Mas o quadro da depressão foi se agravando, até que a realidade parecia algo intangível para Fábio. Agora, além de depressivo, o meu amigo estava esquizofrênico. Começou a ver coisas e foi internado em um hospital psiquiátrico. Recebeu alta após um longo período de internação. Parecia que a doença estava controlada, até que em uma fatídica manhã de 2009 fiquei sabendo que o meu amigo de infância havia cometido suicídio.

A notícia me pegou como um soco na boca do estômago. Como poderia ele ter se suicidado se a doença aparentemente estava controlada? Não sei explicar, mas a verdade é que a forma como ele nos deixou foi muito repentina e dolorida.

Após alguns anos outro amigo, Sidney, nos deixou da mesma forma. Pareceu uma releitura do que havia acontecido com o Fábio, mas com suas diferenças. O que havia em comum nos dois casos: A depressão.

Segundo dados da OMS, o suicídio é a segunda causa mais frequente de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Conforme o mesmo estudo, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio por ano – os números do relatório são referentes a 2016. No Brasil, foram registrados 13.467 casos, a grande maioria (10.203) entre homens, segundo a entidade.

É importante que todas as forças da sociedade pensem no tema, inclusive as empresas. A depressão já é o principal motivo de afastamentos de trabalho, segundo dados da OMS.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9 em cada 10 mortes por suicídio podem ser evitadas e a prevenção é fundamental. Uma das formas de reduzir esse alto índice de mortes é a quebra do tabu e da estigmatização da doença e do doente. Depressão é assunto sério e devemos cada vez mais cobrar das nossas autoridades políticas de combate e prevenção a este mal.

E se você está passando por um momento difícil e de grande tristeza, converse com alguém, divida a sua angustita, e principalmente, procure um profissional. Lembre-se, a sua vida vale muito.

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O inimigo invisível

1984

1984 – Um dos maiores clássicos da literatura mundial

No clássico romance 1984 de George Orwell, o “Ministério da Verdade” é o responsável pela propaganda e pelo revisionismo histórico do autoritário regime de Oceania. Basicamente o órgão manipula os fatos ao reescrever artigos de jornais passados, destruir fontes e etc, tudo com o objetivo de apoiar a ideologia do regime.

Para manter o controle ideológico da população, o regime altera a história com a criação e destruição de fontes, faz lavagem cerebral e tortura os dissidentes, controla todos os aspectos da vida do cidadão, instituiu um constante estado de guerra e o combate ao inimigo público Emmanuel Goldstein, sendo este a personificação do medo. Segundo o Ministério da Verdade, Goldstein é um ex-membro do alto escalão do partido que se torna opositor e por disseminar novas ideias e por isso é visto como uma espécie de terrorista.

Goldstein, que no livro parece ser mais uma invenção do próprio regime do que uma ameaça de fato, serve ao regime no propósito de manter a sociedade de Oceania sempre em estado de vigília. Afinal o dissidente é a antítese do Grande Irmão, o regente da mega nação, a personificação de tudo o que há de virtuoso no mundo de 1984, enquanto Emmanuel é a corrupção dos valores e ideais da sociedade onde se ambienta o romance.

Apesar da excelência da narrativa orwelliana, a criação de um inimigo, retratando este como sendo o mal que se deve combater, não é algo inédito na história. Pelo contrário, esta estratégia já fora usada para unir a sociedade contra um inimigo em comum em inúmeros momentos por diversos regimes.

Talvez o exemplo mais emblemático deste tipo de estratégia seja o da Alemanha Nazista que escolheu o povo Judeu como bode expiatório das mazelas do pós primeira guerra. O país estava arrasado com as dívidas e duras imposições feitas pelos vencedores da guerra, o que foi agravado com a crise de 29. Na miséria e ainda colhendo as consequências da guerra, não foi difícil para o populismo de Hitler e seus asseclas incutir na mente da população a ilusória ameaça. O resultado já conhecemos: 6 milhões de judeus mortos.

Hoje vemos estratégia comum nos governos de Extrema-Direita que se multiplicaram nos últimos anos. Agora o inimigo projetado por eles é o já conhecido Comunismo, que segundo estes é o destruidor dos valores judaico-cristãos, das liberdades individuais e da moralidade.

Aliás, o comunismo já não é um inimigo novo, é uma escolha recorrente quando se deseja pôr medo na sociedade. Fora escolhido como ameaça e justificativa para o Golpe Civil-militar de 1964. Mesmo sem nenhuma evidência de que João Goulart iria instituir um Governo Comunista no Brasil, os militares, apoiados por empresários, instituíram uma ditadura que durou mais de 20 anos.

Agora, em plenos 2020, quase 3 décadas após o fim da Guerra Fria, a ameaça comunista volta a assombrar o imaginário popular. Segundo algumas das figuras mais insana do Brasil e de outros países, o comunismo não é mais personificado na forma de Estados, mas está camuflado na figura de instituições como ONU e Universidades, ou de pessoas proeminentes, tais como o bilionário George Soros. Até o Facebook já foi acusado de comunista por Olavo de Carvalho, guru do presidente Jair Bolsonaro, o mesmo que afirmou que a Pepsi faz adoçante com fetos abortados” e “que vacinas matam ou endoidam”.

No entanto, engana-se quem acredita que a guerra ao comunismo se restringe apenas ao campo das narrativas. Um projeto de lei do deputado Eduardo Bolsonaro pretende criminalizar a apologia ao comunismo, comparando-o com o nazismo.

O inimigo invisível continua à espreita, mas ele não tem o objetivo de causar a degradação dos valores ocidentais, das famílias ou do governo. Na verdade à grande ameaça causada por este é o emburrecimento da nação, transformando seres pensantes em meros reprodutores de teorias conspiratórias absurdas. E nunca antes na história desse país essas ideias tão nocivas tiveram tanta visibilidade, ou tiveram tanta representatividade dentro de postos no Governo.

A conhecida estratégia de criação do inimigo invisível a pesar de antiga continua sendo usada e afetando as mentes mais vulneráveis desta e de outras nações. Hoje são os comunistas amanhã poderá ser…VOCÊ!

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Frases de Bolsonaro na Pandemia

Desde o começo da pandemia o presidente Jair Bolsonaro tem travado uma guerra contra o bom senso e as recomendações da OMS e de demais órgãos de saúde. Muitos foram os episódios lamentáveis envolvendo o principal mandatário do país, que tem se mostrado um completo inepto durante a crise. Abaixo selecionei algumas das bravatas proferidas por quem deveria ter a sensatez de liderar a nação em um momento tão difícil, mas que prefere fazer jogo político.

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